NOVO CORONAVÍRUS


As bibliotecas públicas do
Sistema Municipal, incluindo o Ônibus da Cultura, permanecerão fechados por
tempo indeterminado.
A
Prefeitura de São Paulo adotou novas medidas para evitar a proliferação do
coronavírus (Covid-19) na cidade. Entres elas, estão o
cancelamento de eventos do poder público, alvarás e autorizações emitidas para
eventos privados que gerem qualquer tipo de aglomeração, além do fechamento de
todos os equipamentos culturais municipais como Casas de Cultura, Teatros,
Centros Culturais, Bibliotecas e as Salas de Cinema do Circuito SP Cine por
tempo indeterminado.
Outras
informações sobre as medidas anunciadas, acesse http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-de-sao-paulo-anuncia-novas-medidas-para-evitar-a-proliferacao-do-covid-19-e-garantir-atendimento-medico



Páginas

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mindlin e Livros: duas palavras que se fundem!

ÔNIBUS-BIBLIOTECA DESTACA:


JOSÉ MINDLIN


 (08 DE SETEMBRO DE 1914 - 28 DE FEVEREIRO DE 2010)


(....) Eu brinco dizendo que no meu amor aos livros há um conteúdo patológico, mas é uma patologia que faz sentir bem. E tem outra particularidade importante: é incurável. Eu procuro, nos muitos contatos que tenho com a mocidade, inocular o vírus do amor aos livros, porque uma vez inoculado está resolvido – a pessoa não se livra mais. (...)

Fonte: Foto e texto acima extraídos de:  http://bibliomanias.no.sapo.pt/Mindlin.htm

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 ÔNIBUS-BIBLIOTECA.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cinema nas bibliotecas (11 a 17/03): Mostras, Sessão Cineclube e Sessão Nostalgia.

ÔNIBUS-BIBLIOTECA DESTACA:


Newsletter: Programação Cultural - Bibliotecas SP

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*Mostras do mês:* "Melhores Cine Fantasy", "Filmes Pipoca X Filmes Cabeça – Parte 2", "Sessão Infantil – Os Melhores de 2009", "Melhores Cine Fantasy Infantil", "Segunda Chance: Os Melhores de 2009 – Parte 2", "Segunda Chance Infantil: Os Melhores de 2009 – Parte 2", "O Cinema de Alfred Hitchcock –
Parte 1", "Sessão Cineclube" e "Sessão Nostalgia".

*A MARCHA DOS PINGUINS (La Marche de L'Empereur)
*(Documentário, EUA/França, 2005, 85 min, DVD) Direção: Luc Jacquet
A saga dos pinguins imperadores para a procriação da espécie, em um terreno no interior da Antártica. Vencedor do Oscar de Melhor Documentário. Dublado. Livre.
*/ BP Roberto Santos. Dia 12, sexta, às 15h.*

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*MEMÓRIAS DE UM ASSASSINO (Sarineui Chueok)*
(Ficção, Coréia, 2003, 132 min, DVD) Direção: Bong Joon-ho
Baseado em uma fantástica história real, o filme se passa na Coréia do Sul, onde o corpo de uma jovem brutalmente assassinada é achado pela polícia. Dois meses depois, em outro lugar, a brutalidade se repete. Começa então uma investigação liderada pelo detetive Park Du-Man. Legendado. 16 anos.
*/ BP Viriato Corrêa. Dia 12, sexta, às 15h30.*

*MAD DETECTIVE (Sun Taam)
*(Ficção, China, 2007, 89 min, DVD) Direção: Johnnie To e Wai Ka-Fai. Elenco: Ching Wan Lau, Andy On. Johnnie To recicla o gênero de filmes de detetive com essa obra.
O detetive Bun usa somente sua intuição para descobrir crimes e despreza o pensamento racional. Quando Bun é despedido, um jovem detetive pede-lhe ajuda para desvendar um caso complicado que envolve a morte de um policial pelo próprio colega. Legendado. 14 anos.
*/ BP Viriato Corrêa. Dia 12, sexta, às 18h.*

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*SERVIÇO:

Biblioteca Pública Roberto Santos.* 101 lugares. Rua Cisplatina, 505, Ipiranga, Zona Sul. Tel. 2273-2390. Veja como chegar .


*Biblioteca Pública Viriato Corrêa.* 101 lugares. Rua Sena Madureira, 298, Vila Mariana, Zona Sul. Tel. 5573-4017. Veja como chegar.



*Obs.:*
.As bibliotecas Viriato Corrêa e Roberto Santos possuem salas equipadas com sistema de projeção etrônico de alta qualidade e som 5.1

.A biblioteca Roberto Santos possui acervo de DVDs que podem ser assistidos em terminais instalados no local.

*Toda a programação é gratuita.* Visite nosso site: http://www.bibliotecas.sp.gov.br/

Até a próxima parada!!!
Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

Como (não) formar leitor: opinião de Adriano Messias sobre esse texto de Zeunir Ventura.

LEITURA EM FOCO:

No final de cada postagem, de nosso blog, colocamos a legenda Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer. É uma simpática maneira encontrada para caracterizar o ambiente descontraído de um ônibus, sem aquela cobrança pelo que foi lido, prática normal em ambiente escolar. E é justamente nos bancos escolares que os autores, considerados clássicos, nos são apresentados ou melhor impostos, o que pode não agradar a muitos leitores iniciantes.

No texto abaixo, Zeunir Ventura discorre sobre essa fase escolar. A seguir, reproduzimos o texto em que o escritor Adriano Messias opina, com muita propriedade, a respeito desse assunto tão recorrente.  O mais interessante nesse confronto de textos é observarmos que os dois se complementam, além, é claro, de colocarem a Leitura em Foco, lugar de onde ela nunca deveria sair, concordam? Vamos aos textos...


OPNIÃO


Como (não) formar leitor

ZUENIR VENTURA

Por que o brasileiro só lê um livro por ano, enquanto o americano e o europeu leem sete, oito vezes mais? Por que existem no país mais de 70 milhões de pessoas que não leem? Há várias respostas para explicar o fenômeno: baixo nível cultural de um povo com 21 milhões de analfabetos, poder aquisitivo insuficiente, falta de hábito, concorrência da televisão e da internet. Esta semana tomei conhecimento de outro fator, que é mais grave do que os outros, pois deveria ser instrumento de atração de leitores e é, ao contrário, de afastamento. Refiro-me ao aprendizado da leitura nas escolas de nível médio.

Um amigo, pai de um aluno do segundo ano, adolescente, mandou-me uma lista dos livros que o filho deverá ler neste semestre. Quem sabe eu não teria um ou outro para emprestar? Não vou citar a relação completa para não entediá-los. Eis alguns: "Senhora" e "Iracema", de José de Alencar; "O cortiço", de Aluisio de Azevedo; "Memórias de um sargento de milícias", de Manoel Antonio de Almeida; "Recordações do escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto; "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis; "Memórias sentimentais de João Miramar", de Oswald de Andrade (esqueci de perguntar se o curso era de memorialística).

Não vou entrar no mérito de uma seleção que mistura um clássico como "Brás Cubas" com obras de discutível qualidade estética ou literariamente datadas, como "Senhora" e "Iracema". O que eu me pergunto é se a melhor maneira de iniciar um jovem na leitura é forçando-o, por exemplo, a digerir a história de amor da índiazinha virgem dos cabelos negros, se hoje até o ministro Edison Lobão tem os seus "mais negros do que a asa da graúna". Experimente tirar seu filho da frente do computador oferecendo-lhe um texto assim:

"Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do guará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome."

Antes que me acusem de desprezar estilos e valores de época, esclareço que implico é com essa maneira inadequada de se levar um aluno de 15, 16 anos ao prazer da leitura. Comigo, no ginásio, me fizeram odiar os Lusíadas ao me obrigarem a "análises lógicas" em que eu deveria procurar o sujeito oculto de uma frase, como se fosse um detetive. Só mais tarde, na faculdade, e graças à professora Cleonice Berardinelli, descobri a beleza que havia no magistral épico de Camões. Para o gosto de um jovem de hoje, diante de tantos apelos audiovisuais, não seria mais palatável, como começo de conversa, um Rubem Braga ou um Fernando Sabino?

Texto publicado no Jornal  O Globo, de 10 de fevereiro de 2010.

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Depois de ter lido o texto acima, veja se concorda comigo...

Vou em defesa de "Iracema", "Senhora" e dos outros livros... mas concordo com o raciocínio geral do Zuenir. Sim, acho que os alunos do ensino médio não têm preparo para digerirem, por si mesmos, os livros mencionados. Eles precisam de orientação do professor, de estímulo, de muitos elementos que ajudem a tornar a leitura dos títulos citados uma leitura prazerosa. Do contrário, sairão odiando os autores, a disciplina Literatura (aversão esta bastante comum) e o professor. E, dali em diante, os estragos podem ser irreparáveis: o preconceito contra a literatura nacional pode ser tamanho que jamais ousarão pegar outro de nossos clássicos.

A escola não consegue concorrer com computador, internet, jogos virtuais, cinema em 3D, viagens para o exterior. Isso é verdade (pelo menos para a classe média, média alta e alta). E, ainda por cima, conteúdos são despejados de maneira desconexa sobre os alunos, esperando que eles façam o melhor percurso possível...

Mas daí a desqualificar os livros citados, sobretudo os de José de Alencar, não acho justo. "Senhora" e "Iracema" são excelentes exemplares de dois momentos do grande autor cearense: o romance social urbano e o romance indianista. Há talento refletido em ambas as obras. Há estilo, há pesquisa, há reflexos de uma época. O que não se pode é reduzi-las aos quadros de análise histórica e estilística dos estilos de época - uma forma que engessa toda possibilidade de fruição do prazer da leitura.

Está aí um desafio e tanto aos professores e à escola: o que fazer com a literatura brasileira e como estimular a meninada à leitura...

Adriano Messias - Escritor, tradutor e adaptador. Fez graduação em letras, jornalismo e concluiu mestrado em comunicação. Dentre seus livros voltados para crianças e jovens, estão: A Vaca Fotógrafa (Positivo), Que bicho está no verso? (Positivo), Telefante sem fio (Positivo); Histórias mal-assombradas em volta do fogão de lenha; Histórias mal-assombradas do tempo da escravidão, Histórias mal-assombradas de um espírito da floresta, Histórias mal-assombradas do Caminho Velho de São Paulo (Biruta), O Elefante Infante (da obra de Rudyard Kipling) (Musa), Antes de Colombo chegar/ Antes de la llegada de Colón (Alis), Minha tia faz doce no tacho (Cuca Fresca), 20 Histórias de Bichos do Brasil (Cuca Fresca), O mestre cuca fresca: receitas divertidas para gente feliz (Cuca Fresca). Contatos com o autor podem ser feitos pelo email: adrianoescritor@yahoo.com.br ou pelo blog:


E para conhecer bem mais sobre vida e obra de Zeunir Ventura, jornalista, escritor, autor do genial livro 1968: o ano que não terminou, acesse:


Até a próxima parada!!!
Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alice no país das maravilhas, em cordel.

ÔNIBUS-BIBLIOTECA INFORMA:

CLÁSSICO INFANTIL É RECRIADO EM CORDEL

A editora Nova Alexandria lançará, dia 6 de março, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, o livro infantil Alice no País das Maravilhas, de João Gomes de Sá, que revisita o universo mágico criado pelo escritor britânico Lewis Carroll. Esta versão em cordel vem enriquecida com ilustrações do conceituado artista plástico Marcos Garuti.



Abaixo trechos da apresentação:

Alice no País das Maravilhas tornou-se, desde o seu lançamento, em 1865, um grande clássico da literatura infantil. Seu autor, o inglês Charles Lutwidge Dodgson, usou o pseudônimo literário Lewis Carroll. Sua obra principal, sucesso imediato e retumbante, chegou às mãos da rainha Vitória, da Inglaterra, que fez questão de conhecer as demais obras do autor. Antes de Alice, Dodgson escrevera apenas tratados de Matemática.

A história, ao longo de mais de um século, foi adaptada várias vezes para o cinema. Virou filme de animação dos Estúdios Disney em 1951. O cineasta Tim Burton dirigiu uma versão excêntrica, que estreou em 2010. A primeira adaptação, no entanto, foi um filme mudo rodado no Reino Unido em 1903.

(...)
Alice em cordel

João Gomes de Sá, um dos mais respeitados cordelistas da atualidade, é o autor da versão em cordel de Alice no País das Maravilhas. O poeta, atento às soluções criativas do texto original, reconstruiu algumas situações, emprestando características nordestinas à protagonista, aos personagens e cenários. O início já dá uma amostra do que vem a seguir: Alice, em perseguição ao Coelho Branco, não cai num poço, mas numa cacimba encantada”. O Gato de Cheshire ou Gato Risonho, mesmo conservando o dom da invisibilidade, é um típico repentista nordestino.

Para compor o personagem, João se inspirou no cantador paraibano Sebastião Marinho. Alice ainda encontra, na estranha terra, maravilhas que remetem ao clássico cordel ‘Viagem a São Saruê’, do poeta paraibano Manoel Camilo dos Santos (1905-1987). A estrofe, reproduzida abaixo, mostra essa fusão:

Por lá viu rios de leite,
Montanhas de goiabada,
Castelos de rapadura,
E árvores de marmelada.
Suspirou muito porque
Somente em São Saruê
Tal riqueza era encontrada.

O Chapeleiro Louco, personagem de grande importância no original de Carroll, tem, aqui, “O mesmo céu estrelado/ Do chapéu de Lampião”.

Na versão do nosso cordelista, os tacos-flamingos e as bolas-ouriços do jogo disputado entre a Alice e a Rainha de Copas se transmutam em seriemas e tatus-bolas, animais da fauna brasileira.




Sou João Gomes de Sá

Natural das Alagoas

Aprendi fazer Cordel

Pra falar de coisas boas

Levando a nossa cultura

Para todas as pessoas



João Gomes de Sá, além de grande Cordelista, é xilógrafo, professor etc. No Ônibus-Biblioteca, ele está entre os escritores que ministram Oficinas Literárias em nossos roteiros, através de convênio com a Liga Brasileira de Editoras - LIBRE.

Conheça um pouco mais sobre esse criativo artista em:

http://fotolog.terra.com.br/jgsacordel
http://www.youtube.com/watch?v=Sqtc3eMyddg
http://cacampb.blogspot.com/

Até a próxima parada!!!
Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ROTEIRO CIDADE DUTRA (J. PRIMAVERA) MUDA DE LUGAR, PROVISORIAMENTE.

ÔNIBUS-BIBLIOTECA INFORMA:

O ROTEIRO CIDADE DUTRA, MAIS CONHECIDO POR JARDIM PRIMAVERA, ZONA SUL, ÀS SEXTAS-FEIRAS, MUDOU DE LUGAR, PROVISORIAMENTE, A PARTIR DE 12/02/10...

DE:
PRAÇA JOÃO BEIÇOLA DA SILVA, ALTURA DO Nº 700 DA AV. LOURENÇO CABREIRA.

PARA:

Fotos de: João B. A. Neto
CONTORNO DA PRAÇA DO CONDESTÁVEL, COM A AV. RUBENS MONTANARO DE BORBA,

AO LADO DO CAMPO DO SATÉLITE (CDC - CLUBE DA COMUNIDADE JOSÉ MOREIRA),

PROXIMO À EMEF PROFª MARINA MELANDER COUTINHO,

BEM PERTINHO DA PRAÇA JOÃO BEIÇOLA.

Vejam: a Praça João Beiçola, ao fundo, está bem pertinho da nova parada provisória do Ônibus-Biblioteca.

MOTIVO DA MUDANÇA: A PRAÇA JOÃO BEIÇOLA ESTÁ EM REFORMA. VEJAM AS FOTOS:


Tempo aproximado para a reforma:  2 meses.

Até a próxima parada!!!
Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

COMENTÁRIOS SOBRE O PRÉ-LEITOR E A EDUCAÇÃO DO ATO DE LER

ESPAÇO "VOCÊ É O AUTOR"

[Janeiro/2010]

Autor: Adriano Messias

Introdução

Tem-se, desde algum tempo, o costume de dividir em fases o desenvolvimento do leitor e existe uma interpenetração destas fases com as do desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, de acordo com estudiosos da psicologia infantil. Costumamos encontrar as seguintes divisões: “pré-leitor” para o período que abrange a primeira infância (dos 15/18 meses aos 3 anos de idade) e a segunda infância (dos 2/3 anos até 6 anos); depois, surgem as fases do “leitor iniciante”, aos 6/7 anos, do “leitor em processo”, a partir dos 8/9 anos, do “leitor fluente”, a partir dos 10/11 anos, e, por fim, do “leitor crítico”, a partir dos 12/13 anos. Os estudiosos também costumam tornar estas fases interdependentes, as quais não podem ser “saltadas”, ou seja, uma se torna base para a outra. Estas divisões, obviamente, não são rígidas e dependem de vários fatores, dentre eles a maturidade cognitiva e emocional da criança e o ambiente no qual ela se insere.

Apesar de entendermos que estas fases têm uma finalidade didática e estruturalista, decidimos abordá-las neste artigo visando a oferecer um panorama que pode ser útil a educadores, professores diversos, bibliotecários e profissionais das ciências da informação.

Diversos estudos sociológicos já discutiram que o leitor infantil passa a ser considerado a partir dos séculos XVII e XVIII, grosso modo. Até então, acreditava-se, na Europa, que a criança era um ser à semelhança de um adulto em miniatura. Suas especificidades de desenvolvimento e maturidade não eram entendidas como hoje. Naqueles tempos, a partir do novo projeto social e econômico, os filhos da classe social que se fortalecera desde o fim de Idade Média – a chamada burguesia – se tornam alvo das preocupações educacionais e, só então, surge a perspectiva de um leitor ainda não adulto, para o qual deveriam desenvolver um mundo de literatura e referências bastante específico.

Foi naquele momento, juntamente com as escolas e com os métodos de ensino, que surgiram os chamados livros para crianças. Inicialmente, tratavam-se de obras adaptadas de livros para adultos ou de “contos populares” (contos de fadas, contos maravilhosos, fábulas, mitos e lendas). Havia os que também eram “encomendados” por instituições a determinados escritores, com o objetivo de ensinar “virtudes” e “comportamentos adequados” às crianças da nova classe dominante. Nascia a chamada literatura infantil que, nos séculos seguintes, cresceria e tomaria um espaço só para si – apesar de, historicamente, ter sido menos valorizada do que a considerada “literatura para adultos”.

Além do progresso social e econômico, as pesquisas na área das ciências humanas também colaboraram para que a leitura, os livros e a infância passassem a receber atenção mais ampla. O desenvolvimento da psicologia infantil contribuiu bastante para a reformulação do entendimento sobre a literatura na infância. Hoje, sabe-se que a leitura não começa e não deve começar somente na fase de alfabetização. Pelo contrário, o contato com os livros é bem-vindo sempre, desde o útero, quando a mãe pode ler em voz alta para o filho.

Os códigos que envolvem o ato de ler e o objeto livro podem ser descobertos muito cedo pela criança, tal a profusão de publicações para todas as faixas etárias e a precocidade com que os filhos de pais de classe média e alta são colocados em escolas maternais. Infelizmente, sabemos que boa parte da população ainda fica à mercê desta realidade.

Para estudiosos como Sigmund FREUD e Jean PIAGET, a base do desenvolvimento afetivo e da interpretação do mundo residiam na primeira e na segunda infância. Portanto, se os três primeiros anos de vida são fundamentais para o futuro do indivíduo, não podemos ignorar, justamente neste período, a extrema importância que os livros terão. O mau leitor pode nascer de experiências desagradáveis ou nulas nesta faixa etária.

A criança pequena e o livro - A criança sente uma curiosidade inata por tudo e, consequentemente, pelos livros. Porém, isso só se efetivará em sua vida se eles estiverem presentes em seu universo: na casa, na escola, nos passeios. O livro deve ser mostrado à criança como um brinquedo especial, como uma forma de descobrir o mundo. Esta abordagem tem se tornado cada vez mais necessária, de modo que vários programas de governo e de ONGs se preocupam em criar espaços em comunidades para que o livro seja acessível. Não apenas presentes, os livros infantis devem estar ao alcance das crianças, a uma altura manuseável por elas, e não no alto das prateleiras.

Leitura para bebês - Desde bebê, a criança pode ter contato com os livros e com a leitura. O ato de decodificar o livro tem relação direta com o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, da criatividade imaginativa e artística, do desenvolvimento da sensibilidade para o escutar e o olhar, e com a educação do ato de ler. É evidente que os bebês não entenderão a história, mas uma leitura em voz alta, com o adulto folheando o livro, é essencial para seu desenvolvimento global. Crianças de colo já são capazes de perceber que os adultos falam diferente ao contarem uma história. Elas começam a desconfiar que existe uma maneira de se falar quando se vai contar, pedir, oferecer, zangar. Elas notam que o ritmo e a emoção se alteram quando um personagem passa por uma dificuldade ou chega ao final feliz.

Os bebês também começam a perceber que existem “coisas” dentro dos livros além das imagens. Eles veem uma árvore, um ursinho de pelúcia, mas também percebem coisas que, mais tarde, saberão serem as letras que formam as palavras. Por conseguinte, em uma creche com berçário, as educadoras devem, sim!, ler para os bebês. Devem contar histórias com emoção, devem mostrar as imagens, devem deixar os bebês tocarem, cheirarem, sentirem o livro.

Além dos livros “indestrutíveis” para a hora do banho, para as idas ao parquinho, os educadores devem orientar a manipulação dos livros feita por crianças bem pequenas, deixando-as perceber que existem formas de se chegar ao livro, de estarem com ele, de se despedirem dele.

Como neste artigo, porém, nos interessa mais a criança a partir dos seus 18 meses, vamos abordar, nos parágrafos a seguir, como é a criança entre o 1º e o 6º ano de vida.

Entre 1 e 2 anos de vida – Nesta fase, a criança geralmente já anda sozinha, descobre seu ambiente e expressa seus desejos por gestos e por balbucios, ou mesmo por palavras completas. Ela começa a conquistar uma autonomia que exigirá estímulos, mas também limites. Não poderá subir em todos os lugares, nem comer o que quiser e quando quiser, tampouco derrubar, quebrar ou destruir objetos. As primeiras tentativas de se estabelecer o limite podem desencadear uma reação contrária da criança. É a birra ou pirraça, em que ela comumente costuma se jogar no chão, espernear e começar um choro monótono e, muitas vezes, sem lágrimas.

Como o mundo se abre repentinamente ao alcance de suas mãos – literalmente –, ela não tem paciência para ficar assentada na hora do almoço ou não quer dormir na hora devida. Isso mostra que o contato com os livro neste momento, sofrerá também reflexos deste comportamento sem concentração. A criança pode manipular rapidamente o livro, para abandoná-lo em seguida e trocá-lo por outra coisa. Contudo, os pais e educadores podem estimular a sua relação com os livros, mostrando que eles têm sempre mais a revelar do que se supõe.

Nesta idade, as brincadeiras ainda são bastante egocêntricas. Quando em grupo, uma criança poderá brincar nas proximidades de outras crianças, mas a sociabilidade ainda é bastante inicial. Meninos e meninas podem até brincar do mesmo jogo ou atividade, mas cada um em seu mundo.

É aqui que surge também o período de imitação: imita-se o adulto, seu comportamento; surge o desejo de brincar de usar roupas e calçados de “gente grande”. Este é um dos termômetros para que se saiba que as maravilhosas portas do faz-de-conta estão abertas. A criança faz de conta que é o pai ou a mãe ao brincar de casinha e bonecas, faz de conta que está falando no celular, faz de conta que está passeando no bosque, faz de conta que está no castelo encantado.

Na primeira infância, o pré-leitor desenvolve sua relação com a leitura e os livros por meio da afetividade e dos sentidos. A responsabilidade do adulto “mediador da leitura” nesta fase é essencial para a forma como a criança se relacionará com os livros no futuro. Esse mediador geralmente é a mãe ou a professora da escola maternal, mas também pode ser o pai, os avós, um arte-educador, um amigo da família ou até mesmo um personagem apresentador de um programa educativo da TV. É este sujeito que mostra o livro à criança e faz com que ela se sinta atraída por este objeto. Desta forma, toda vez que a criança vir um livro, ela vai saber que de dentro sairão histórias. Ela saberá que existem imagens e também a possibilidade de tocá-las e descobri-las. Por isso, defendemos a ideia de que o livro tem de ser apresentado como um brinquedo especial, que tem a característica de desenrolar enredos, de encantar a imaginação e de embalar os sonhos.

Não podemos nos esquecer também que a criança é mais observadora do que pensamos. Com alguns meses de vida, ela já terá visto os adultos manipulando livros de papel e já saberá que tais objetos existem. A maneira como os adultos próximos lidam com os livros fará toda a diferença para a criança – que aprende muito pela imitação. Uma casa sem livros com certeza não será um bom exemplo em um lar em que se deseje filhos criativos e leitores felizes.

A manipulação do livro pela criança de até 3 anos - Até os três anos, a criança pega o livro de uma maneira mais bruta, sem muita coordenação motora e, quanto mais nova, mais levará aquele objeto à boca, como faz com qualquer outro. A influência da fase oral em seu desenvolvimento ainda determina parte desta atitude. Por isso, os livros que são deixados à manipulação da criança costumam ser de material não-rasgável, como livros emborrachados e de material plástico ou pano. Além de levá-los à boca e correr o risco de ingerir pedaços de papel com tinta, a criança costuma rasgar os livros feitos de papel.

Entre 3 e 5/6 anos de vida – Este é, em geral, um período de mais calmaria para os pais e educadores. A sociabilidade está em progresso e a criança depende menos dos seus responsáveis. A agitação do “pega tudo e derruba tudo” passou. O entendimento do uso de símbolos e de conceitos como idade, espaço, tempo, certo e errado, já se aprimora. Este é um período de compreensão muito maniqueísta do mundo, em que as situações, pessoas e bichos são vistos como totalmente bons ou totalmente ruins – não há meio termo. Nos contos de fadas, a fada é sempre boa, enquanto a bruxa é sempre malvada. O sapo é sempre feio, a não ser quando se transforma em príncipe. O lobo e a cobra são sempre perigosos. A criança não entende, neste período, que os personagens – assim como as pessoas e ela mesma – às vezes são legais, às vezes não, às vezes querem ajudar, às vezes não, e que atributos como a beleza e a feiura podem ser relativos e ter fundamentos culturais... Nesta idade, a criança está completamente dentro de seu mundo mágico. É a doce fase da infância em que acreditamos em Papai Noel, em duendes, em fadinhas e em bicho-papão de uma forma mais imaginativa. Aqui também costumam aparecer amigos imaginários, pois a realidade e a fantasia frequentemente se confundem.

A manipulação do livro pela criança de 3 a 5/6 anos - Na segunda infância, a musculatura fina começa a amadurecer. A criança tem mais entendimento do que é o livro, de que não deve rasgá-lo e de que ele continuará à disposição sempre que desejá-lo. A linguagem e a sociabilidade estão mais aprimoradas e as rodas de leitura costumam ser uma excelente atividade.

Como são os livros voltados à primeira infância – Até os três anos de idade, a criança não deveria manusear livros de papel sozinha para não se ferir ou mesmo intoxicar. Quanto à temática, livros para esta faixa etária praticamente não têm texto escrito. Eles são imagéticos e versam em torno de situações comuns ao universo da criança: a hora do banho, a papinha, o brinquedo, o gatinho, a família... Junto aos enredos simples, o adulto deve levar à criança o sentimento que envolve cada imagem ou situação. As gravuras costumam ser grandes, com poucos elementos.

Como são os livros voltados à segunda infância – Nesta idade, a compreensão da criança está mais aprimorada e os enredos podem ser mais ricos e longos. A famosa “reiteração” ou “repetição” faz parte deste momento, quando a criança pede ao contador para repetir (quantas vezes ela sentir necessário) uma mesma história ou a exibição de um mesmo filme. O adulto não deve se preocupar com isso. Esta demanda por repetições faz parte da construção interna do mundo da criança. Ela se sente segura ao ouvir uma história cujos momentos principais já conhece de cor e salteado (o conhecido “conte outra vez”...). É aqui que a criança também entende melhor a estrutura narrativa: as histórias têm um início, um meio e um fim. O fim, nesta idade, quase sempre é positivo e estimulante. É o “e viveram felizes para sempre” e similares.

Os livros manuseados pelas crianças, porém, ainda devem ter o predomínio da imagem sobre a grafia, mas as gravuras já costumam ter mais elementos do que as da fase anterior.

Como esta é a idade dos porquês, a criança vai fazer muitas perguntas em torno de uma história e o adulto deve estar preparado para dar as respostas conforme for conveniente.

Nesta fase, a criança assimila muitos valores simbólicos que existem nas histórias. O adulto não deve se preocupar de forma alguma com aquilo que ele considera “violento” ou “agressivo” em um conto de fadas, por exemplo. A criança não será violentada ou agredida ao ouvir a história de um lobo que engole uma vovozinha. Isso é perfeitamente assimilável em seu mundo de faz-de-conta. Pelo contrário, a criança precisa da compreensão dessa “violência simbólica” para se fortalecer emocionalmente. Ela entende, à sua maneira, todos os elementos que existem em uma narrativa, vivenciando a morte, a dor, a separação, mas também a conquista, o amor e a amizade nas mais diferentes histórias.

Crianças de 3 a 6 anos respondem muito bem à “hora do conto”, que deve ser criada na escola ou em casa. Uma criança que ouve uma história antes de dormir tem o carinho e a socialização dos pais junto a um sono melhor e mais produtivo.

Conclusão – O ato de ler é algo que se educa. Assim como se educa o ato de se apreciar um quadro ou uma escultura dentro de um museu, ou mesmo as árvores de um jardim, educa-se a maneira de ler, a forma de se lidar com o livro. Educa-se, sobretudo, pela interferência do adulto e por seus exemplos na fase que é, para a criança, como já enfatizei, uma fase muitíssimo importante. Diríamos mesmo decisiva, pois a maneira como a criança entenderá o livro e as histórias, neste período, irá acompanhá-la pelo resto de sua vida.

Notas

1 - No século XIX, a teoria da evolução de Charles DARWIN teve reflexos em várias áreas, dentre elas a do desenvolvimento infantil. Inicialmente, o foco estava nas formas de a criança se adaptar ao ambiente e na influência das heranças dos pais em seu comportamento. Só em 1916 é que Lewis TERMAN criou o teste que passou a ser chamado “teste de Stanford–Binet”, voltado ao desenvolvimento intelectual infantil. Nos anos 20, Arnold GESELL estudou o comportamento infantil filmando o comportamento de crianças de diversas faixas etárias. Foi quando surgiram as primeiras abordagens do desenvolvimento intelectual, dividindo-o em etapas, como já tinham feito em relação ao desenvolvimento do corpo físico. Muitas contribuições ao entendimento da infância surgiram depois com renomados psicanalistas e filósofos, como Melanie KLEIN, Donald Woods WINNICOTT, Jacques LACAN, Gilles DELEUZE e Jacques DERRIDA, por exemplo. Alguns contribuíram de forma mais direta, outros, de forma mais indireta.

Adriano Messias - Escritor, tradutor e adaptador. Fez graduação em letras, jornalismo e concluiu mestrado em comunicação. Dentre seus livros voltados para crianças e jovens, estão: A Vaca Fotógrafa (Positivo), Que bicho está no verso? (Positivo), Telefante sem fio (Positivo); Histórias mal-assombradas em volta do fogão de lenha; Histórias mal-assombradas do tempo da escravidão, Histórias mal-assombradas de um espírito da floresta, Histórias mal-assombradas do Caminho Velho de São Paulo (Biruta), O Elefante Infante (da obra de Rudyard Kipling) (Musa), Antes de Colombo chegar/ Antes de la llegada de Colón (Alis), Minha tia faz doce no tacho (Cuca Fresca), 20 Histórias de Bichos do Brasil (Cuca Fresca), O mestre cuca fresca: receitas divertidas para gente feliz (Cuca Fresca). Contatos com o autor podem ser feitos pelo email: adrianoescritor@yahoo.com.br

FONTE (Blog do Autor): http://adrianomessiasescritor.blogspot.com/
Acesso em: 12/02/10.
 
Até a proxima parada!!!
Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Oficinas Literárias de Francisca do Val e de Marquiano Charan, no Tremembé: outras formas de ver.


Texto de: João B. A. Neto


Sob uma manhã clara, o Ônibus-Biblioteca sai da Mooca em direção ao Tremembé, zona norte da cidade...



Fotos de: Maria de Fátima
Acreditem: no meio do caminho a claridade abre espaço para um emaranhado de nuvens escuras, postes e fios...

No mesmo caminho: carros enfileirados desenham uma imagem, diríamos, caótica...

Quase chegando, prédio solitário tenta alcançar as núvens: uma imagem insólita...

Chegando ao Tremembé, quarta-feira, dia 10, praça Recanto Verde, a imagem, o ver, o enxergar, o sentir, serão assuntos do dia por aqui...

Quem vai tratar desses assuntos? Os dois da foto acima: Marquiano Charan Filho e Francisca do Val. Dois escritores, e seus materiais fan-tás-ti-cos...

Marquiano trouxe na mala novas maneiras de enxergar. E logo se vê rodeado por crianças, cada uma mais curiosa que a outra,  pra ver qual é a novidade...

Francisca do Val, a Tia Chica, trouxe algo mais visivel, que é pra se ver mesmo aquilo que não podemos ver, entenderam? Isto é: um microscópio...

Na foto acima, o menino, cercado por mais três crianças, ao lado de Marquiano, usa lupa para ver melhor as letras e imagens de um livro...

Já Tia Chica, agora, mostra seu livro às meninas que usam seus próprios olhos para conhecerem tal obra...

Marquiano trouxe vendas (tira de pano para tapar olhos), e o menino a colocou pra depois tentar descobrir o que Marquiano havia colocado em suas mãozinhas: uma nova experiência para enxergar através do tato...

Uma mulhuer e seus dois filhinhos experimentam ver mosquinhas, mosquitos da dengue, da malária, entre outros insetos, através de lentes do microscópio: uma oportunidade rara...

Outra cena raríssima: familia experimenta ver de outra maneira, fazendo uso de venda, colocada em um dos filhos. Nesse caso, o tato é o grande aliado da visão...


Enquanto isso, ao lado, Tia Chica faz uso de microscópio para que a menina possa enxergar detalhes curiosos do mundo dos insetos. Outra menina segura um potinho cheio de mosquinhas, quase invisíveis...

E rodeado por duas meninas e por dois meninos, Marquiano tira sons de um instrumento: um exercício para educar os ouvidos,  como outra forma de ver, também...

                                   
Tia Chica, a Francisca do Val, trouxe lupas para que todos pudessem enxergar melhor, o que se pode enxergar a olho nú...


Para quem enxerga, Marquiano trouxe o desafio de tapar os olhos, com a tal venda, e tentar ver as coisas de outro ângulo, quer dizer, no escuro, como se fosse um deficiente visual. É mesmo um grande desafio, além de ser um exercício de inclusão desse tema entre crianças, pais, e comunidade...


O microscópio, trazido por Tia Chica, despertou o interesse em muitos olhos, que puderam ver com mais nitidez...

A venda do faz-de-conta-que-você-não-enxerga, trazida por Marquiano, fez com que crianças, jovens e adultos, experimentassem um novo olhar sobre a visão, e as maneiras diferentes de ver através do tato, da audição. Enfim, de outros sentidos quando não se pode enxergar com os olhos...

O microscópio e as lupas, de Tia Chica, demosntraram-se como grandes aliados de nossa visão, principalmente quando queremos ver melhor ou ver coisas milhares de vezes menores que um fio de cabelo, por exemplo, que estão muito além de nossa capacidade de enxergar. 

Essas duas oficinas, ministradas por Marquiano Charan Filho e por Francisca do Val, foram excepcionais. Num breve espaço de tempo, elas certamente aumentaram o campo de visão daqueles que visitaram o Ônibus-Biblioteca naquela manhã clara, apesar de nuvens escuras tentarem encobrir a região, o que não conseguiram, felizmente...



 
Rodrigo bom de bola e Rodrigo enxerga tudo, dois livros escritos por Marquiano, merecem ser lidos, vistos, tocados, folheados, ouvidos, comidos com os olhos, e degustados com a alma, de tão interessantes que são os assuntos neles tratados...



O simpático Drosófila, a mosquinha famosa, de Francisca do Val, a nossa Tia Chica, traz a história daquela mosquinha caseira que vive sobrevoando as frutas de nossas casas, com muitas curiosidades. Um livro que deve ser colocado à mesa, para que todos conheçam um pouco mais o assunto pesquisado pela escritora , com muita propriedade, uma vez que Tia Chica é também bióloga...

 E nas mesas, para um bom atendimento ao público, estavam os funcionários:

Maria Édina...

Cícero...


Maria de Fátima...



E o grande motorista Marcelo...

Até a próxima parada!!!
                                        
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

GRANDE HOMENAGEM FEITA POR CÉSAR OBEID, EM 2004: CORDEL DO ÔNIBUS-BIBLIOTECA.

Texto de: João B. A.Neto.

Cordel do Ônibus-Biblioteca foi escrito pelo grande CÉSAR OBEID, em 2004. Esse renomado artista, escritor, educador, com sua criatividade sem limite, captou, na época, a alma desse Serviço de Extensão, rimando história e detalhes bem curiosos. Ele construiu estrofes cronológicas interessantes.

E, apesar de grandes mudanças, a essência descrita por Obeid, felizmente ainda está impregnada na base social do Ônibus-Biblioteca, cujo objetivo central é incentivar a leitura entre as comunidades periféricas da cidade de São Paulo. Não podíamos deixar de registrar esse bonito trabalho de César Obeid, dedicado ao Ônibus-Bilioteca, em agosto de 2004.

Uma capa interativa: faça aqui a sua estrofe!




Esse belo Cordel conta a trajetória do Ônibus-Biblioteca, no Universo da Leitura...



O começo: genial idéia de um grupo de intelectuais,
dos quais se destacou Mario de Andrade, autor de Macunaíma...



E o povo adorou, diz o grande Cordelista. Mas surgiram alguns inconvenientes...




O auge de um trabalho, acima de tudo, social, em nome da Leitura...



E em 2004, o cenário futuro já era promissor...



César Obeid é escritor, educador e contador de histórias. Alguns de seus livros foram premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – PNLIJ. Seu livro Pela voz do cordel, em coautoria com Maria Augusta de Medeiros, ganhou o 2º Concurso Literatura Para Todos, do MEC, na categoria tradição oral. Frequentemente escreve matérias e artigos para jornais e revistas, como também participa de gravações de programas de televisão e rádio sobre leitura, literatura, poesia e cultura popular. É autor dos seguintes livros:

Editora Moderna:

- Minhas Rimas de Cordel, menção "altamente recomendável" FNLJ- 2005.

- O Cachorro do Menino

- Aquecimento Global não dá rima com Legal

- Rimas saborosas

Editora Salesiana:

- Vida Rima com Cordel, menção “altamente recomendável” FNLIJ- 2007.

- Mitos Brasileiros em cordel

- Nascimento de Jesus, releitura em teatro de cordel.

Editora Scipione:

- O Valente Domador



Editora FTD

- Desafios do Cordel

Editora Mundo Mirim

- João e o Pé de Feijão em Cordel



FONTE:
Acesso em: 08/02/10

Até a próxima parada!!!
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