NOVO CORONAVÍRUS


As bibliotecas públicas do
Sistema Municipal, incluindo o Ônibus da Cultura, permanecerão fechados por
tempo indeterminado.
A
Prefeitura de São Paulo adotou novas medidas para evitar a proliferação do
coronavírus (Covid-19) na cidade. Entres elas, estão o
cancelamento de eventos do poder público, alvarás e autorizações emitidas para
eventos privados que gerem qualquer tipo de aglomeração, além do fechamento de
todos os equipamentos culturais municipais como Casas de Cultura, Teatros,
Centros Culturais, Bibliotecas e as Salas de Cinema do Circuito SP Cine por
tempo indeterminado.
Outras
informações sobre as medidas anunciadas, acesse http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-de-sao-paulo-anuncia-novas-medidas-para-evitar-a-proliferacao-do-covid-19-e-garantir-atendimento-medico



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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

NIREUDA LONGOBARDI LEVA ISMÁLIA AO JARDIM PRIMAVERA.

ISMÁLIA,
DE ALPHONSUS DE GUIMARÃES,
 É RETRATADA, COM ARTE,
 POR CRIANÇAS


Ismália

Alphonsus de Guimaraens




Quando Ismália enlouqueceu,


Pôs-se na torre a sonhar...


Viu uma lua no céu,


Viu outra lua no mar.




No sonho em que se perdeu,


Banhou-se toda em luar...


Queria subir ao céu,


Queria descer ao mar...




E, no desvario seu,


Na torre pôs-se a cantar...


Estava perto do céu,


Estava longe do mar...




E como um anjo pendeu


As asas para voar...


Queria a lua do céu,


Queria a lua do mar...




As asas que Deus lhe deu


Ruflaram de par em par...


Sua alma subiu ao céu,


Seu corpo desceu ao mar...




O livro mais-que-perfeito...




O ilustrador, Odilon Moraes

Nasceu em 1966 e mora em São Paulo, embora tenha passado infância e adolescência no interior. Cursou arquitetura, mas antes de se formar já trabalhava com ilustração de livros: tornou-se ilustrador. Além da ilustração de mais de sessenta livros, é autor de A princesinha medrosa (Companhia das Letrinhas, 2002) e Pedro e Lua (Cosac Naify, 2004), com o qual consquistou o prêmio de melhor livro infantil em 2005 pela FNLIJ.

 

NIREUDA LONGOBARDI:  A MEDIADORA
 
Fotos: Adilson Moura/João - Texto: João B.A.Neto
A magnífica ilustradora Nireuda Longobardi voltou ao Jardim Primavera, sexta, dia 10, para apresentar Ismália, de Alphonsus de Guimarães, de um modo bem lúdico. Nireuda lê essa belíssima poesia. Na sequência, as crianças fazem arte com o que entenderam, através de recortes e colagens de bonitos papéis. E todas as criações ficaram expostas no Varal de Ismália. Eis o resultado:

Maravilhas de colagens: releitura de Ismália...

Um encontro feliz: a ilustradora, o livro, a poesia,  os leitores e a arte...



O cenário propício à criação, à leitura: no ambiente Ônibus-Biblioteca...


Além de oficinas literárias, a retirada de livros para serem lidos em casa. No destaque, o atendente Adilson...


O belo livro Ismália, com ilustrações fantásticas de Odilon Moraes, passou de mão em mão...

Vale destacar a presença de famílias, principalmente de papais. O incentivo à Leitura começa mesmo em casa, e nela deve florescer, sempre...

Mais uma vez Nireuda acertou na dose de criatividade. Trabalhar Ismália, em sua oficina, foi de um bom gosto extremo. Parabéns ilustradora, escritora, cordelista, xilógrafa, entre outras mil qualidades...

Quem foi Alphonsus de Guimarães?

Alphonsus de Guimaraens (Afonso Henriques da Costa Guimaraens), nasceu em Ouro Preto (MG), em 1870 e faleceu em Mariana (MG), em 1921. Bacharelou-se em Direito, em 1894, em sua terra natal. Desde seus tempos de estudante colaborava nos jornais “Diário Mercantil”, “Comércio de São Paulo”, “Correio Paulistano”, “O Estado de S. Paulo” e “A Gazeta”. Em 1895 tornou-se promotor de Justiça em Conceição do Serro (MG) e, a partir de 1906, Juiz em Mariana (MG), de onde pouco sairia. Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística, (1892/1894), foi publicado em 1899, ano em que também saiu o “Setenário das Dores de Nossa Senhora. Câmara Ardente”. Em 1902 publicou “Kiriale”, sob o pseudônimo de Alphonsus de Vimaraens. Sua “Obra Completa” foi publicada em 1960. Considerado um dos grandes nomes do Simbolismo, e por vezes o mais místico dos poetas brasileiros, Alphonsus de Guimaraens tratou em seus versos de amor, morte e religiosidade. A morte de sua noiva Constança, em 1888, marcou profundamente sua vida e sua obra, cujos versos, melancólicos e musicais, são repletos de anjos, serafins, cores roxas e virgens mortas.


(fonte: Itaú Cultural)


Publicado no livro Pastoral aos crentes do amor e da morte: este poema, integrante da série "As Canções", foi incluído no livro “Os cem melhores poemas brasileiros do século”, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2001, pág. 45, uma seleção de Ítalo Moriconi.


Para conhecer um pouco mais sobre a arte de Nireuda, acesse:

http://nireuda.blogspot.com/


Até a próxima parada!

Ônibus-Biblioteca: onde se lê por prazer.

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